– formato do joelho : joelhos em “ X “ ( geno valgo ) tem maior chance de deslocamento;
– o formato do femur , que possui um sulco por onde a patela se desloca , chamado de tróclea . Quando este for raso ( muito plano ) , há maior chance de deslocamento da patela ;
– musculatura : o quadríceps é o músculo da coxa que se prende superiormente na patela . Sua parte mais interna , o vasto medial , se estiver enfraquecida ou com uma inserção anômala , pode facilitar a luxação da rótula ;
– ligamentos : a existência de um ligamento que prende a patela ao fêmur foi comprovada e a sua integridade mostrou-se fundamental na estabilidade rotuliana . Este ligamento é o patelofemoral medial e sua reconstrução tem sido destacada nas cirurgias atuais ;
Quando um paciente tem um quadro de luxação da patela , existe um afrouxamento de todo este complexo estabilizador . Podem ocorrer então episódios sucessivos de luxação , que caracterizamos como luxação recidivante .
O tratamento da luxação da patela vai depender dos fatores causadores envolvidos , do número de episódios, das atividades que o paciente realiza , de tratamentos prévios já realizados ( com suceso ou não ) .O ortopedista pode inicialmente orientar sessões de fisioterapia visando o fortalecimento da musculatura estabilizadora , exercícios de propriocepção ( equilibrio) e pode também prescrever o uso de órteses ( joelheiras ) . Naqueles casos em que o tratamento acima não surtir efeito e o paciente mantiver episódios de luxação frequentes , uma cirurgia poderá ser necessária .